A última vez que o Fantástico encontrou a Lady Gaga foi em 2009 e, de
lá para cá, muita coisa mudou certamente do lado de fora. Mas será que
na vida dela mudou alguma coisa? Ela diz que ainda a mesma pessoa,
sempre ligada à família, aos fãs e sempre muito honesta com eles.
O apresentador do Fantástico observou: “Mas, em 2009, você falou a
mesma coisa sobre manter família e amigos próximos. A fama não mudou
isso?”
“Bem, é assim que eu sou”, explicou a cantora. Ela conta que vive ainda
no mesmo apartamento em que morava antes da fama, em Nova York. E
brinca: ele deve ter o tamanho da sala da entrevista.
“Viver de forma mais glamourosa não é uma tentação”, pergunta Zeca.
“Pelo contrário. A não ser por umas roupas, eu sou bastante econômica”, diz Gaga.
Em compensação, na maquiagem... Os ‘chifres’ que ela usa no ombro levam
duas horas para serem colocados e custam alguns milhares de dólares.
Mas por que não? Nas novas músicas, ela fala sobre isso: ser uma
artista famosa e uma mulher comum, viver entre a fantasia e a
realidade. “É como ter um monstro atrás de você o tempo todo, o monstro
da fama. O que eu faço é manter sempre o foco nos meus fãs, fazer minha
música para eles”.
E o monstro? “Já resolvi”, diz Gaga, “dei um chute naquele lugar”.
Zeca pergunta se ‘Judas’ fala um pouco sobre isso e a conversa fica mais séria.
“’Judas’ é sobre os fantasmas que nos assombram. Ele é uma figura
bíblica ligada a uma grande traição. E eu uso essa imagem para fala de
coisas que te oprimem: pessoas, drogas, rebeldia. Você precisa perdoar
o Judas dentro de você para seguir adiante”, conta a cantora.
Você acha que todo mundo tem um Judas dentro de si?
Gaga é categórica: “Eu acho que sim. Eu fui criada como católica, e a
minha religião me ensinou a negar a influência de Maria Madalena. Mas
ela foi uma mulher de grande importância. Por isso, quando eu rezo, não
é para um Deus homem. Eu encontro conforto em uma figura feminina, uma
tia minha que morreu, a Virgem Maria ou Maria Madalena”.
Será que ela não está criando polêmica de propósito? “Mas eu preciso
fazer isso. Eu não posso escrever uma música sobre o que me ensinaram a
acreditar na infância e negar meus sentimentos. Seria um crime contra
minha visão artística e contra os meus fãs”, defende a cantora.
Gaga sabe que hoje tudo que ela faz, diz e pensa tem uma enorme
influência na cultura pop. “Tudo que eu falo vira notícia no mundo todo
em cinco segundos. Quando você tem um espaço destes e suas palavras têm
um impacto moral, isso não pode ser desperdiçado. Por isso, quis fazer
um disco mais pessoal, sobre os meus valores, as coisas que acredito. E
ficou pop, divertido, uma delícia”.
Tudo tão divertido quanto seus ‘looks’ sempre imprevisíveis e mutantes.
Será que ela também se veste assim na intimidade? “Eu sou
performática”, diz Gaga. “Eu sou assim sempre em público e na minha
vida privada. Eu sou uma artista, uma cantora, trabalho duro. É sangue,
suor e lágrimas”.
Tudo isso para os fãs? “Meus fãs são tudo para mim. Eu literalmente
fico deitada na cama sem conseguir dormir, olhando para o teto e
pensando como agradá-los”, revela a cantora.
Zeca provoca: “O que vai ser deles, dos fãs, se, um dia, você resolver deixar o show business?”
A resposta dela é um enigma. “Vocês ainda me verão por uns dois anos,
mas não para sempre. Eu gostaria de ser como David Bowie. Ele é o
artista mais fascinante de todos os tempos. Ele veio, arrebentou e
deixou a carreira no auge, sem crises”.
Ok, Lady Gaga: se essa é a sua vontade, seus súditos aguardam as próximas instruções.
Vídeo: Lady Gaga - Vocês me verão por uns dois anos, mas não para sempre Ela diz ainda que gostaria de ser como David Bowie e afirma : Ele veio, arrebentou e deixou a carreira no auge, sem crises.
11:23 |
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